sexta-feira, 23 de maio de 2014
Um Cantinho do Mapa
sábado, 20 de julho de 2013
REFORMA POLÍTICA JÁ
Primeiramente quero dar os parabéns a nós, o Povo brasileiro, por reiniciar esse processo democrático de participação, reclamação, protestos, cobranças e demandas. Todo este esforço popular vai gerar melhorias para todos e, se houver persistência, vai mudar a estrutura política do país.
Em todo movimento multi-facetado como este, o foco muda constantemente. Sem lideranças formais as demandas variam, orbitando sempre ao redor do fim da corrupção, do repudio à nossa classe política como um todo, generalizando com pouco risco de se cometer injustiças.
E é por isso que escrevo agora. Vociferamos acertadamente sobre diversas questões pertinentes, mas quero puxar o foco para alguns pontos que considero principais. Pontos que fornecerão ao povo as armas para efetuar mudanças duradouras no país.
REPÚDIO AOS POLÍTICOS E AO SISTEMA ELEITORAL
Este deve ser o tema principal dos protestos. No Rio de Janeiro, Fora Cabral deve ser seguido de Fora Lindhberg, Fora Garotinho, Fora Crivella. Igualmente não podemos mais tolerar a Câmara sendo ocupada sempre pelas mesmas famílias, como um feudo medieval. Chega de Sarneys, Collors, Neves e os demais. Chega desses partidos que não representam ninguém a não ser eles mesmos!! Num tempo onde a voz de um jogador de futebol (Romário, brilhante em suas denúncias) faz mais sentido que a de senadores, está na hora de repudiarmos o sistema, e não apenas alguns indivíduos.
Nestas manifestações as demonstrações partidárias tem sido poucas, e acho isso muito saudável neste momento. O fim da corrupção interessa a todos, de direita, centro e esquerda. Temos que deixar as bandeiras de partidos e ideologias na gaveta para brigar por questões diretas, de forma pragmática. Após redefinirmos as regras, então sim, se reorganizem como preferirem e vamos disputar os votos, sejamos rivais nas urnas, sem as regras viciadas de agora.
Mas temos que deixar isto esperar até conseguirmos mudar o sistema eleitoral. Até que o custo de nosso Congresso seja tremendamente reduzido. Até que o sistema seja modificado.
Queremos a renúncia antecipada e obrigatória ao sigilo bancário e financeiro ainda no registro da candidatura estendendo-se até 5 anos após o termino do mandato. Não concorda? Não poderá ser candidato a nada, nem vereador. Ao se candidatar tinha patrimônio de 1 milhão e 10 anos depois passou para 30 milhões, sem justificativa? Tem que ser ladrão!
Queremos não só proibir a re-eleição, mas estender esta proibição a todos os familiares até 3º grau. Política não pode ser arrimo de família, não pode ser hereditária!! Sejamos radicais assim neste momento, isto incomodará tremendamente os vilões que destroem nosso país.
Temos que eliminar qualquer imunidade parlamentar, salvo o direito de expressão. Se for criminoso, cadeia! Se roubar, devolve e é preso! Se beneficiou o filho ou o genro, cadeia em todos, e retomada de todos os bens!! O nepotismo tem que ser combatido com vigor!
Temos que facilitar novas candidaturas, seja através de novos partidos ou de outras associações. Temos que limitar e fiscalizar as doações de campanha!
Temos que acabar com essa barbaridade de voto proporcional, heranças e legendas! Se eu voto em um candidato não posso admitir que isso vá ajudar outros, sejam do mesmo partido ou não!
Temos que propor o voto distrital!
A Reforma Política nesses moldes deve ser a nossa prioridade. Nenhum governo jamais vai propor nem metade disso. Essa demanda tem que vir da rua, de nossos gritos, de nossas faixas.
E não podemos desanimar, o movimento não pode esmaecer, pois já vimos que os governos federal e estadual demonstram total desrespeito ao povo, seja com a violência e armação nas manifestações, seja nas contra-propostas desonestas, verdadeiramente infames da Presidência.
Além disso, que se cumpram as punições determinadas aos ladrões do mensalão, e que se investigue todas as obras da Copa, e se abram todas as caixas pretas.
Políticos, o dinheiro que usam é nosso, e queremos ver a prestação de contas!!
#VemPraRua
quinta-feira, 18 de julho de 2013
O Poço de Mentiras
Olá Pessoal,
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Sugestão de Pauta para as Manifestações:
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Série Cosmos, de Carl Sagan
Isto era Carl Sagan. Astrofísico norte-americano, nascido em Nova Iorque em 1934 e falecido em Seattle, EUA em 1996. Especialista em planetologia e exobiologia foi conselheiro científico da NASA e colaborou nos programas das sondas espaciais Viking e Voyager. Esta última, o primeiro artefato humano a deixar o sistema solar, que em meio a sua lenta peregrinação pelos confins do nosso sistema enviou centenas de fotos nos mais amplos espectros de onda. Lembro - sim, de tanto ver a série encontrei e adquiri na feira de livros da Cinelândia, aqui no centro do Rio de Janeiro, o livro que deu origem à série - e ficava examinando em detalhes a bela foto do disco de ouro que a espaçonave levava. Um belo LP que no lado A estavam gravados os sons da Terra. Um mosaico sonoro que incluía vozes de baleias, risadas humanas, sons da natureza, talvez engenhos humanos em funcionamento e transmissões radiofônicas. No lado B um manual de instruções, em linguagem matemática, que ensinava qualquer inteligência extraterrestre a construir uma eletrotralha parecida com uma vitrola para fazer o tal disco tocar.
Sagan, além de autor de outras obras de divulgação científica, também colaborou com o Projeto SETI, uma rede de radiotelescópios que até hoje rastreiam o espaço sideral em busca de sinais de rádio potencialmente inteligentes. Aqui no planetinha, o sinal de TV produzido pela BBC encantava, e arrisco dizer, influenciou mesmo muitos jovens a seguir a carreira científica.
“Cosmos” era deliciosamente revolucionário. E ainda o é. Mesmo em inferioridade de condições técnicas como produto televisivo, as modernas criações do gênero e quadros científicos de programas de domingo, como o “Poeira das Estrelas”, do físico e astrônomo brasileiro Marcelo Gleiser, exibido no Fantástico em 2006, nada mais fazem do que homenagear e seguir a fórmula. Algumas delas conseguem hoje repetir a façanha, igualar ou superar “Cosmos” e suscitar em mim igual empolgação e sede de conhecimento. Mas atribuo a Carl Sagan o pioneirismo e a fantástica capacidade de conduzir leigos nos, por vezes, difíceis caminhos da ciência.
Reproduzo abaixo um fantástico exemplo do que digo. É um trecho extraído do tal livro que possuo, e sempre que quero lembrar o quanto é difícil escrever para televisão, tenho nele um bom exemplo de criatividade e simplificação. É uma bela criação narrativa e científica para elucubrar a respeito.
Imaginemos que habitamos um país estranho onde todos são perfeitamente planos. (...) Nós a chamamos de Terra dos Planos. Alguns de nós são quadrados, outros, triângulos, alguns possuem formas mais complexas. Corremos precipitadamente para dentro e para fora de nossas construções planas, ocupados com nossos afazeres e brincadeiras planas. Todos na Terra dos Planos têm largura e comprimento, mas não altura. Sabemos sobre esquerda e direita, para frente e para trás, mas nenhuma idéia, ou remota compreensão, sobre cima e embaixo, exceto os matemáticos planos. Eles dizem: "Escutem, é muito fácil. Imaginem a esquerda e a direita. Imaginem à frente e atrás. Tudo bem até aqui? Agora imaginem outra dimensão, em ângulos retos com as outras duas." E nós respondemos:"Do que vocês estão falando? Ângulos retos com as outras duas? Existem somente duas dimensões. Apontem esta terceira dimensão. Onde está ela?" Então os matemáticos, desanimados, desistem. Ninguém escuta os matemáticos.
Toda criatura quadrada na Terra dos Planos vê outro quadrado meramente como um pequeno segmento de reta, o lado do quadrado mais próximo dela. Ela pode ver o outro lado do quadrado somente se caminhar um pouco. Mas o interior do quadrado é sempre misterioso, a menos que algum acidente terrível ou autópsia rompa os lados e exponha as partes internas.
Um dia, uma criatura tridimensional, com a forma de uma maçã, por exemplo, chegou à Terra dos Planos e andou a esmo por lá. Observando um quadrado particularmente atraente e bem proporcionado, entrando em sua casa plana, a maçã decide, em um gesto de amizade interdimensional, dizer "olá". "Como vai você?"pergunta o visitante da terceira dimensão. "Eu sou o visitante da terceira dimensão."O infeliz quadrado olha à volta da sua casa e não vê ninguém. Ainda pior, para ele, parece que o cumprimento, vindo de cima, está emanando do seu próprio corpo plano, uma voz interior. Uma pequena insanidade, talvez ele pense corajosamente, e corre para a sua família.
Exasperada por estar sendo julgada uma aberração psicológica, a maçã desce à Terra dos Planos. Agora, uma criatura tridimensional pode existir, na Terra dos Planos, somente em parte; pode ser visto somente um corte, somente os pontos de contato com a superfície plana da Terra dos Planos.Uma maçã escorregando na Terra dos Planos apareceria primeiro como um ponto e então progressivamente maior, quase que em fatias circulares. O quadrado vê um ponto aparecendo em um quarto fechado em seu mundo bidimensional e lentamente crescer transformando-se quase em um círculo. Uma criatura de forma estranha e mutável surgiu de algum lugar.
Rejeitada, infeliz com a obtusidade dos muitos planos, a maçã bate com força no quadrado e o levanta, vibrando e girando nesta misteriosa terceira dimensão. A princípio o quadrado não consegue entender o que está acontecendo: está totalmente fora da sua experiência. Eventualmente ele se conscientiza de que está vendo a Terra dos Planos de um local vantajoso peculiar: "acima". Pode ver dentro de quartos fechados e dentro de seus companheiros planos. Está vendo seu universo de uma única e devastadora perspectiva. Viajar através de uma outra dimensão proporciona, como um benefício incidental, um tipo de visão de raios X. Eventualmente, como uma folha que cai, nosso quadrado lentamente desce para a superfície. Do ponto de vista dos seus companheiros da Terra dos Planos, ele desapereceu de modo inexplicável de um quarto fechado, e então materializou-se, aflito, em algum lugar. "Pelo amor de Deus", dizem eles, "o que aconteceu com vocês?" "Penso", descobriu-se dizendo, "que estava acima". Eles dão pancadinhas em seus lados e o confortam. As desilusões sempre aconteceram na família.
(Extraído de Cosmos, Editora Francisco Alves, 1983 - Capítulo O Limite do Eterno, Págs 262 e 263.)
A fonte para as informações complementares: Internet, Wikipedia e os dois sites já citados.
Márcio
sábado, 8 de maio de 2010
Bedtime Story
domingo, 18 de abril de 2010
Desenvolvimento e as pererecas.
Saudações meus leitores.
Há muito tempo que não escrevo aqui, vim remover o bolor. Aliás, o tema é bolorento já, aos meus olhos. Desenvolvimento. Este processo que todos dizem desejável, que aumenta nossa renda nacional, que dá a todos melhores condições de vida, melhor educação, segurança e saúde.
Pergunte a qualquer energúmeno capacitado sobre os benefícios do desenvolvimento econômico e receberão respostas efusivas e entusiasmadas. Mas o desenvolvimento tem um preço. Tudo tem seu preço, sempre. Neste caso o preço é bastante visível, e algo duro de engolir. Precisamos de recursos naturais. Precisamos de energia. Precisamos de indústrias de transformação.
Recursos nosso país tem. Para extrair estes recursos, invadimos e agredimos a natureza. Ato cada vez mais considerado impopular. Queremos o alumínio, mas vamos extrair a bauxita sem danificar aquele belo riacho ali adiante. E as pererecas que ali procriam? Temos que pensar nisso.
Para energia, precisamos de grandes investimentos e grandes projetos. A bola da vez é a Usina de Belo Monte, que será a 3a maior do mundo depois do gigante chinês das 3 gargantas e Itaipú. Quando completa, vai inundar uma área enorme e desabrigar 22 mil famílias, além de aniquilar parte do habitat de diversas comunidades indígenas.
Nossas indústrias poluem!! Grande novidade não? Ainda não inventaram a siderúrgica não poluente. Mas sem as indústrias nós venderemos bauxita por 1 para comprar alumínio por 15. A grana fica com o país industrializado que banca a poluição.
Bem, não deve haver dúvida de que enumerei aqui 3 atos de vilania ambiental. Destruição para extração, inundação para geração de energia e poluição industrial. O ativista do Greenpeace de plantão pode começar a bufar.
Mas para que o país se desenvolva precisamos disso. Infelizmente os índios terão que se mudar, ou deixar sua cultura perecer. As famílias na região das usinas terão que sair de lá, coisa triste, mas necessária. Num país onde o índice de pobreza é altíssimo, desenvolvimento é a única saída. Devemos usar a preocupação ambiental para tomar decisões inteligentes, que não gerem desperdícios ou agressões desnecessárias. Mas algumas vilanias serão necessárias, e devem ser feitas.
Existe uma massa imbecil esverdeada que prega a preservação acima de tudo. Ora, isto não é um parque nacional. Isto é um país em desenvolvimento. Quer que não façamos a usina de Belo Monte, como veio aqui cacarejar a múmia azul, então que nos paguem pelo valor de desenvolvimento negado ou atrasado. Que tal 10 Bi por ano durante um século??
Verdes, azuis e rosas, botem uma coisa na cabeça. A idéia do parquinho feliz é muito bonita para um americano limitado como o Cameron. Muito confortável para ele saber que tem aqui no "fim do mundo" uma Amazônia que ficará preservada para que seus filhos venham visitar. Será que ele pensou no impacto ambiental causado pela queima dos 5000 galões de querosene usados para trazer sua carcaça azul para protestar aqui? Duvido.
Quero ver um panaca destes limitando seu estilo de vida pessoal por suas preocupações ambientais. Desmontando sua mansão para permitir o retorno da mata nativa californiana. Cancelando suas viagens de turismo e panfletagem colorida para reduzir a poluição atmosférica. Não se iludam, leitores, esses caras são tão vazios quanto suas propostas. E tão egoístas quanto, também.
A feliz hipocrisia dos desenvolvidos e seus respingos verdes tropicais pode ser explicada facilmente por uma única e sempre presente questão. Dinheiro. O desenvolvido quer continuar comprando silício e vendendo chip. Comprando bauxita e vendendo alumínio. Cada passo que o Brasil dá rumo ao desenvolvimento é um passo de um concorrente potencial se aproximando deles, os desenvolvidos. A verborragia verde é apenas mais uma ferramenta de atraso. Quanto mais eles nos atrasarem, mais lucram.
Prova de nosso incômodo gerado é nossa indústria aeronáutica. A Embraer vende aviões pro mundo todo. Os desenvolvidos aplaudem e acham bom? Muito ruim hein?! Os caras nos processam quando podem, copiam nossos modelos (Super Tucano) e rezam para nossa volta à indústria cafeeira.
Ouço sempre o conto de que os brasileiros são muito bem recebidos lá fora. Que povo pacífico, como nunca incomodamos ninguém... À medida que nosso desenvolvimento aumentar esta percepção diminuirá. Quando as nossas multinacionais forem explorar a mão-de-obra lá, e nossos produtos causarem desemprego lá, vejamos então como nos admiram.
Hipocrisia é triste. Vamos olhar para o país, fazê-lo crescer e enriquecer (me desculpem aqui os índios e demais comunidades prejudicadas inicialmente pelo processo) e depois, quando investirmos pesado em educação, vamos deixar esses gringos para trás!
Mas atenção, para chegarmos vivos a este patamar temos que nos armar até os dentes. Nossos vizinhos do norte costumam tratar de incômodos de forma usualmente violenta... E vamos nos tornar incômodos, se tudo correr bem. O Brasil vai deixar de ser popular para ser... Rico!