terça-feira, 14 de julho de 2009




Está no JB de hoje: Há 40 anos, em 20 de julho de 1969, o homem deu o primeiro passo na lua.



Faz algum tempo li alguns trechos do livro de Buzz Aldrin, provavelmente "Magnificent Desolation - The Long Road Home from the Moon " publicados numa revista.



Dois trechos são, no mínimo, curiosos e controversos.



No primeiro deles, Aldrin rememora o momento exato em que deu a notícia da sua ida à Lua para sua esposa. Foi numa lavanderia. Ele pensou no inusitado da situação e quando estava por se culpar pela má escolha do local, a sua mente analítica e treinada retomou a conduta e retrucou: mas será que existe algum lugar adequado na Terra para dar uma notícia dessas!

Em outro momento do livro ele revela uma questão no mínimo perturbadora naqueles instantes que antecederam a missão. Por que escolheram Neil Armstrong para ser o primeiro homem na lua? A questão parecia envolta nos mais escabrosos componentes da corrida espacial americana.

Para ele a escolha poderia residir em alguma falha no seu treinamento... algum problema de temperamento... afinal, o que poderia fazer de Armstrong um ser mais qualificado do que ele?

De tanto se torturar com a questão, resolveu ir direto na fonte. Foi perguntar ao Chefe da Missão Apollo. Suas palavras devolveram a calma ao pobre Buzz e explicaram que o motivo de Armstrong ser o primeiro homem a pisar na lua, na realidade, foi decidido por uma questão meramente técnica. A disposição física do apertado módulo de descida - O Eagle - favorecia a abertura e descida pela escada, primeiro do comandante Armstrong, e depois, do piloto do módulo Aldrin.

Afinal, assim é a vida. Existem outras versões para esta mesma história. Prefiro acreditar nesta.

Muito se fala dessa conquista e dos dois astronautas americanos que pisaram na "magnífica desolação". Mas pouca coisa se diz de Michael Collins, o outro integrante que ficou orbitando com o módulo de comando enquanto o Eagle efetuava a descida e o pouso. Foram 48 minutos de silêncio rádio numa solidão em vôo solo só comparada a de Adão. Esse pra mim, não desmerecendo os outros, é claro, foi o herói da história.

Um comentário:

  1. Ótima lembrança desta fantástica aventura humana, e concordo com o destaque que deve ser dado ao abnegado que sozinho aguardava o retorno dos demais naquela desolação ainda mais terrível por serem eles os pioneiros.

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